Cerca de 130 vagas foram ofertadas na última sexta-feira no "Dia D", dedicado exclusivamente ao atendimento de pessoas com deficiência na Agência do Trabalhador(Sine) em Londrina. Mais de 25 empresas participaram e realizaram, no local, entrevistas com os candidatos encaminhados pela Agência. Durante o dia, 103 pessoas foram atendidas. As vagas davam oportunidade de trabalho em diversos setores, e para algumas ofertas os candidatos precisavam apenas ser alfabetizados. O Dia D é realizado em todo o País. 


O número de atendimentos, porém, foi menor que o número de vagas. As empresas presentes declararam ser muito difícil preencher as vagas reservadas para pessoas com deficiência. A Lei Federal 8.213/91 obriga empresas com mais de 100 funcionários a destinar um percentual dos cargos para pessoas com deficiência, que varia de 2% a 5%. 


A construtora A. Yoshii tinha cinco vagas para obras nas posições de pedreiro, servente e eletricista. Porém, a psicóloga da construtora, Helen Carolina Ângelo, observa que para alguns tipos de deficiência o trabalho no canteiro de obras pode representar risco, o que acaba reduzindo as possibilidades de preenchimento das vagas. Helen esclarece que a construtora precisa preencher cerca de 115 vagas com pessoas com deficiência, e não pode alocar todos na área administrativa. 


No caso da Contax, empresa de call center, o auxiliar de Recursos Humanos (RH) Rodrigo Batista de Souza afirma que a dificuldade está em encontrar candidatos com aescolaridade exigida para o cargo. No dia do evento, a empresa tinha cerca de 10 vagas para representante de atendimento, cuja escolaridade mínima é Ensino Médio completo. Do outro lado, candidatos falam de algumas exigências que muitas vezes não conseguem atender, como experiência na área de trabalho.


O atendimento de pessoas com deficiência é feito todo dia no local - basta levar RG, CPF e laudo médico indicando o tipo de deficiência para encaminhamento profissional.


Uma das dificuldades de inserir os candidatos com deficiência no mercado de trabalho é a baixa escolaridade, já que a maioria parou de estudar muito cedo

 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 03 de junho de 2014; fetraconspar.org.br