Valor equivale a 16,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano. 
Dados mostram que economia subterrânea vem caindo desde 2003.

 

O Índice de Economia Subterrânea (IES) no Brasil, que mede o conjunto de atividades de bens e serviços que não são reportados ao governo, teve queda em 2013, na comparação com o ano anterior. A estimativa é que a chamada “economia subterrânea”, ou informal, tenha somado R$ 782 bilhões.

 

O valor equivale a 16,2% do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde aos bens e serviços feitos no país. Trata-se do menor percentual da série histórica da pesquisa, que começa em 2003. Em 2012, a economia informal representava 16,8% da soma das riquezas produzidas no país naquele ano.

 

"Historicamente, a formalidade é mais forte nos grandes centros, e esse resultado mostra que ela também está se espalhando para os pequenos municípios"
Fernando de Holanda Barbosa Filho, da FGV

O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Segundo as entidades, o percentual resulta da introdução dos dados da nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) nos cálculos usados para obtenção da estimativa e aplicados também para corrigir o índice de 2012.

 

“O uso da Pnad Contínua confirma a queda da economia subterrânea no país, que vimos apontando desde o início da série histórica do IES, em 2003”, comenta, em nota, o pesquisador da FGV/IBRE, Fernando de Holanda Barbosa Filho.

 

Isso porque, segundo ele, a queda fica ainda mais relevante quando incorporados os dados de mais de 5.000 municípios de pequeno porte da Pnad Contínua, ante os 3.500 da Pnad anterior. Ambas são produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

“Historicamente, a formalidade é mais forte nos grandes centros, e esse resultado mostra que ela também está se espalhando para os pequenos municípios, ainda que a economia já não tenha o mesmo vigor. É o que eu costumo chamar de melhora institucional do país”, explica Barbosa Filho.

 

 

 

Fonte: G1, 28 de maio de 2014; fetraconspar.org.br