Entidades mobilizam suas bases para resistir às agressões contidas na reforma trabalhista aprovada pelo Senado. Sindicatos já orientam as categorias a não aceitar imposições patronais.
Alimentação - Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (CTNA Afins), adiantou à Agência Sindical: “Todas as nossas Federações e os mais de 160 Sindicatos filiados estão mobilizados e vão resistir”. Segundo ele, essa postura será adotada empresa por empresa ou em negociações de campanha salarial.
Artur também informa que a CNTA está listando os pontos mais agressivos da reforma. Segundo ele, “para que a resistência se faça ponto a ponto”. No seu entender, esse detalhamento esclarece as direções e facilita as ações de resistência junto a cada base.
Artur Bueno de Camargo é presidente da CNTA e coordenador do FST
FST - Coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, o sindicalista vai levar esse debate à próxima reunião da entidade, que congrega 20 Confederações nacionais. Embora cada Confederação tenha sua autonomia, ele acredita que o Fórum, “até por ter atuado na linha de frente contra a reforma trabalhista neoliberal”, adotará uma posição conjunta de combate às agressões aos trabalhadores e à estrutura sindical.
João Carlos Gonçalves (Juruna) é secretário-geral da Força Sindical
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), disse em nota que a Central seus Sindicatos, Federações e Confederações “continuarão firmes na luta e na negociação para reverter a reforma aprovada pelo Congresso”.
“Ao mesmo tempo, continuaremos investindo na mobilização em defesa dos direitos em unidade com as demais Centrais Sindicais, reafirmando nossa opção de dialogar amplamente com o governo federal e com o Congresso no sentido da imposição de vetos presidenciais ao texto aprovado e de viabilizar a edição, e posterior aprovação, de uma medida provisória para corrigir os itens mais negativos da reforma”, afirma.