Maximiliano Garcez, representante da Associação Latino-Americana de Advogados Laboralistas no Brasil, afirmou que a reforma trabalhista foi pensada por quem defende um pequeno grupo de grandes empresários sem pensar no futuro do País.
“Querer permitir que o empresário escolha entre a CLT ou um acordo com patamar ainda mais baixo é uma barbárie”, afirmou, ao comentar o princípio básico da reforma, a prevalência do negociado sobre o legislado. Ele também considerou a proposta enviada pelo Executivo inconstitucional.
"Além disso, será nefasta para a organização do setor produtivo no longo prazo”, completou, lembrando que outros países que adotaram regras mais flexíveis nas relações de trabalho tiveram aumento no número de desempregados, empobrecimento da população e mais violência e instabilidade social.
“A intenção é tornar o Brasil subalterno na economia mundial, ou seja, torná-lo inviável na competição internacional. Na China, a partir deste ano, os salários serão maiores que no Brasil, porque perceberam que é preciso valorizar a classe trabalhadora para consumir e movimentar a economia”, disse.
Ele participou de audiência pública da Comissão Especial da Reforma Trabalhista.
Fonte: Agência Cãmara, 29 de março de 2017; fetraconspar.org.br