O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, criticou há pouco a proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16), enviada pelo Executivo em dezembro. 

“Não temos a menor concordância com essa proposta. Jamais a CUT negociou qualquer desses dispositivos. Jamais o fará. Não criamos uma central durante a ditadura para chegar em um momento de um golpe e dourarmos uma pílula de uma reforma contra os trabalhadores”, afirmou. 
 

Para Freitas, a reforma vai legalizar o “bico” no Brasil e gerar precariedade no mundo do trabalho. “O que vai acontecer é a demissão dos trabalhadores empregados pela CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] para serem substituídos por empregados temporários”, disse. Segundo ele, a proposta somente busca aumentar a lucratividade do empregador. 
 

Freitas defendeu a participação social para frear o andamento da reforma trabalhista e de outras reformas como a da Previdência ou a proposta que regulamenta a terceirização (PL 4302/98). 
 

A CUT incentiva a livre negociação, segundo Freitas, desde que não seja para tirar direitos dos trabalhadores. “A partir do direito conquistado, precisamos avançar. Mas esse texto propõe outra coisa, rasgar a CLT.” Para ele, a prevalência do negociado sobre o legislado com as condições trabalhistas atuais diminuiriam direitos.

 

Proteção fragilizada


O diretor de Organização Sindical da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Geraldo Ramthun, afirmou que a entidade também não é a favor da reforma proposta pelo governo. “Afirmamos a inoportunidade da apresentação do projeto pelo Executivo. Suprimir direitos, mesmo com negociado, fragiliza a proteção dos trabalhadores.”
 

Eles participam de audiência pública da Comissão Especial da Reforma Trabalhista com os presidentes das seis principais centrais sindicais - CTB, CSB, Força Sindical, CUT, UGT e NCST. 
 

O debate acontece no plenário 2.

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