Os representantes das seis principais Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB e CSB – criticaram a reforma trabalhista do governo Temer, durante audiência pública da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça (7).

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a proposta (PL 6787/16) ataca direitos conquistados durante anos de lutas. “Não temos a menor concordância com essa proposta. Jamais a CUT negociou qualquer desses dispositivos. Jamais o fará”, afirma. 

Para Freitas, a reforma vai legalizar o “bico” no Brasil e gerar precariedade no mundo do trabalho. “O que vai acontecer é a demissão dos trabalhadores empregados pela CLT para serem substituídos por empregados temporários”, diz. Segundo ele, "se for aprovada”, a reforma “vai legalizar todos os erros que os patrões cometeram”.
 


Vagner Freitas, da CUT
 

“E agora querem ter uma formalização legal e jurídica, para que os trabalhadores não possam buscar seus direitos na Justiça do Trabalho", completa.
 

Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos do Brasil (CSB), também criticou uma das premissas do projeto, que fala em geração de cinco milhões de empregos. Para ele, essa é uma afirmação bastante ousada e de difícil comprovação. 

 


Alvaro Egea, da CSB
 

"O que gera emprego é uma política de crescimento econômico. É política de fortalecimento da construção pesada, que está totalmente sucateada, totalmente desestruturada, porque é uma indústria que depende basicamente de financiamento estatal", afirma Egea.
 

Proteção - Geraldo Ramthun, diretor da Nova Central, destaca que a entidade também não é a favor da reforma proposta pelo governo. “Afirmamos a inoportunidade da apresentação do projeto pelo Executivo. Suprimir direitos fragiliza a proteção dos trabalhadores.”


 

Fonte: Agência Sindical, 08 de março de 2017fetraconspar.org.br