"A gente tá sempre vendo um dia depois o tamanho do desastre, agora essa PEC da morte, que triste, que pena. O antipetismo tá matando o Brasil", escreveu ainda o jornalista, que divulgou a lista dos deputados que votaram a favor da PEC na noite de segunda-feira 10 na Câmara e comentou: "Pra história nunca esquecer".

Com o congelamento dos gastos públicos, a Saúde deve perder R$ 743 bilhões em 20 anos, conforme estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em setembro. "A PEC 241 impactará negativamente o financiamento e a garantia do direito à saúde no Brasil", diz trecho da nota técnica.
 

Outro estudo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), apontou que se a PEC estivesse valendo desde 1998, o valor do salário mínimo seria hoje de R$ 400. "Se o salário mínimo tivesse ficado congelado, muito provavelmente traria implicações, porque houve melhoria da distribuição de renda. Teve um custo fiscal, mas teve o benefício da distribuição", comentou o economista Bráulio Borges.
 

Nesta terça-feira 10, o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) resumiu bem o que querem os defensores da PEC e integrantes do governo de Michel Temer. Ele deu a seguinte explicação para seu voto favorável à PEC 241: "quem não tem dinheiro não estuda". "Nós vamos deixar (o investimento) no ensino fundamental. E quem pode pagar (universidade), tem que pagar. Meus filhos vão pagar", afirmou.


 

Fonte: Vermelho, 13 de outubro de 2016fetraconspar.org.br