por Cristiane Caoli



20130630aA receita operacional líquida das empresas da indústria da construção atingiu o valor de R$ 359,1 bilhões em 2014, informou a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com o ano anterior, esse valor foi 1,3% menor, em termos reais.


De acordo com o levantamento, em 2014, as empresas de construção realizaram incorporações, obras e/ou serviços no valor de R$ 382 bilhões, “registrando, em termos reais, retração de 0,8% na comparação com o ano anterior”.


Desconsiderando as incorporações, o valor corrente das obras e/ou serviços somou R$ 371,5 bilhões. Desse total, R$ 128,2 bilhões foram oriundas de obras contratadas por entidades públicas, que representaram 34,5% do total das construções. Esta participação foi maior do que a observada em 2013, de 34%.



119 mil empresas ativas


Em 2014, havia 119 mil empresas ativas, que ocupavam 2,9 milhões de pessoas. A pesquisa mostrou que o gasto com pessoal ocupado foi 33,1% do total dos custos e despesas das empresas. Esse resultado foi menor do que o de 2013, quando havia sido 34%.



Salário médio avançou


Em contrapartida, o salário médio mensal avançou 5,6% em termos reais. Segundo a PAIC, passou de R$ 1.759,30 em 2013 para R$ 1.973,67, em 2014.


“Ao avaliar os resultados do ano de 2014, deve-se considerar que a PAIC captou aumento de 7,5% no número de empresas ativas em relação a 2013, ao passar de 110,7 mil para 119 mil empresas”.



Edifícios contribuiu mais


A construção de edifícios se manteve como setor que mais contribuiu para o crescimento do valor corrente, R$ 167,2 bilhões, das incorporações, obras e/ou serviços. Esse valor corresponde a 43,8% do total em 2014.


O setor de obras de infraestrutura, com R$ 149,1 bilhões, foi o segundo a contribuir mais, com 39% de participação no ano. Esse valor foi menor do que o observado em 2013, quando havia correspondido a 40,2%.


O setor de serviços especializados em construção ficou estável em relação a 2013, registrando 17,2% de participação em 2014, ou R$ 65,7 bilhões.



Despesas


Entre os custos e despesas da indústria da construção, o item que “mais se destaca é o referente aos gastos de pessoal”, com 33,1% de participação em 2014. Esse percentual foi inferior ao observado em 2013 (34%), informou a pesquisa.


O consumo de materiais de construção foi o segundo item de maior relevância, informou o IBGE. Ele teve 24,7% em 2014. Em 2013, havia tido 24,6%.


“Por sua vez, as obras e/ou serviços contratados a terceiros também figuram entre os principais custos e despesas da atividade de construção, passando de 11,6%, em 2013, para 10,7%, em 2014”, informou o instituto.



Regiões


O Sudeste apresentou a maior participação relativa, tanto no pessoal ocupado, como no valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção.


“Embora continue liderando, essa região perdeu participação em ambos os aspectos, na passagem de 2013 para 2014: no pessoal ocupado, de 53,3% para 5 2,2%; no valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção, de 60,0% para 58,5%”, apontou o estudo.





Fonte: G1, 30 de junho de 2016fetraconspar.org.br