Os trabalhadores na construção civil de São Paulo pararam os canteiros de obra e fizeram uma grande manifestação durante toda a manhã. A categoria, com 400 mil, em cerca de 10 mil canteiros, cobra reajuste pela reposição do INPC - 9,83% e manutenção da Convenção Coletiva. Data-base 1º de maio.
Nildo e Célio Malta, dos Metalúrgicos de Guarulhos, no ato
Avaliação - A Agência Sindical ouviu Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato da categoria (Sintracon-SP/Força Sindical). Ele avalia: “Calculo que paramos 60% dos canteiros de obras. Após o ato, dispensamos o pessoal e os companheiros foram pra casa”. Nesta terça, ele adianta, os trabalhadores se concentram, de novo, na avenida Paulista, no Masp, às 8 horas.As ações começaram entre três e quatro horas da madruga. No começo da manhã, cerca de 15 mil trabalhadores se concentraram nas esquinas da avenida Paulista com rua da Consolação, desceram em direção ao Centro e uma parte (cerca de mil) se concentrou em frente ao sindicato patronal, na rua Dona Veridiana, Santa Cecília, região central.
Para Ramalho, “a pressa em resolver o impasse é mais das empresas que dos empregados”. O sindicalista comenta: “Quem tem prazo para entregar as obras são eles. E sem o nosso trabalho isso não vai ocorrer”.
Apoios - A mobilização contou com 246 ônibus para transporte dos trabalhadores. Dezenas de carros de som puxaram palavras de ordem. Mais de 40 Sindicatos de várias categorias participaram da passeata em apoio aos peões.
Elenildo Queiroz Santos (Nildo), diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, conta que dez dirigentes da categoria, entre diretores e assessores, participaram da mobilização nos canteiros e na passeata.
“O Sindicato e os trabalhadores estão de parabéns, pois a manifestação mobilizou maciçamente a categoria. Foi um passo importante na luta para pressionar o setor patronal, que até agora tem adotado uma postura de intransigência nas negociações”, afirma Nildo.
Outros - Os trabalhadores querem também atualizar os valores dos tíquetes-refeição e do vale-alimentação. Ramalho informa: “Queremos que o benefício passe de R$ 240,00 pra R$ 285,55, incorporando dois anos de INPC”.
Fonte: Agência Sindical, 24 de maio de 2016; fetraconspar.org.br