Jefferson Rudy/Agência Senado



Em pronunciamento nesta quarta-feira (30), a senadora Regina Sousa (PT-PI) afirmou que dizer que a crise moral e política vai acabar com a aprovação do impeachment é confessar a existência de um “acordão” para parar a Lava-Jato se a presidente Dilma Rousseff deixar o cargo.


Segundo a senadora, seria também confirmar que a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, chegou a seu objetivo maior: o ex-presidente Lula. E agora está chegando aonde não se queria: a políticos de outros partidos.  Ela mencionou as listas com nomes de políticos que teriam recebido dinheiro de construtoras.


Regina Sousa disse ainda que o Brasil está dividido diante do pedido de impeachment da presidente da República, diferentemente do que ocorreu em 1992, no processo contra o então presidente Fernando Collor.


"Em 1992, saiu um presidente, entrou o vice e ficou tudo em paz porque ali o país estava unido. Agora, não. Tem dois lados. O país está dividido. Então, não é achar que passou o impeachment e fica tudo bem neste país, tudo vai se ajeitar. Pode até que tenha os ajeitamos nos processos da Lava-Jato. Porque quem faz um processo de impeachment, que se quer impeachment, presidido por Eduardo Cunha, único réu da Lava-Jato produzido até agora no meio político, convenhamos, não pode dizer que está defendendo a moral."



Fonte: Agência Senado, 31 de março de 2016; fetraconspar.org.br