Filósofo Vladimir Safatle diz que a operação Lava Jato parece apontar para o mundo no qual alguns são punidos pela corrupção enquanto outros podem corromper impunemente: “É isso que dá, para muitos, a impressão de que tudo se passa como se a operação fosse peça de uma briga de gângsteres para saber quem vai conduzir os negócios de sempre. De fato, o tucanato é uma espécie de Houdini da política brasileira: consegue sempre escapar ileso de todo caso de corrupção e da culpabilização de suas ações escandalosas”; ele cita as delações contra Aécio Neves e o aso FHC-Mirian, ambos do PSDB
O filósofo Vladimir Safatle vê uma “assimetria na Justiça” da Lava Jato. Diz que operação parece apontar para o mundo no qual alguns são punidos pela corrupção enquanto outros podem corromper impunemente:
“É isso que dá, para muitos, a impressão de que tudo se passa como se a operação fosse peça de uma briga de gângsteres para saber quem vai conduzir os negócios de sempre. De fato, o tucanato é uma espécie de Houdini da política brasileira: consegue sempre escapar ileso de todo caso de corrupção e da culpabilização de suas ações escandalosas”, afirma.
Ele cita as investigações contra o ex-presidente Lula e a prisão de José Dirceu e compara com as delações contra Aécio Neves e o ex-governador Eduardo Azeredo, ambos do PSDB.
Também destaca o caso FHC e Mirian Dutra, “que mantinha relações de profunda dependência com uma megaempresa por ela ter dado um jeito de sumir com sua amante, pagando-lhe salários fictícios e livrando-o assim de um possível escândalo que poderia abalar sua carreira”. “Em qualquer país do mundo, algo dessa natureza seria um escândalo intolerável por mostrar o grau de fragilização do exercício da presidência e de submissão que alguns políticos estão dispostos a produzir”, diz (leia aqui).