Resultado gera expectativa de crescimento de 4,5% para 2014 e mantém lojistas de Londrina otimistas
 

As vendas de materiais de construção fecharam janeiro com crescimento de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2013, já descontada a inflação do período. Números da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) apontam ainda alta no mês de 9,2% sobre dezembro, explicados pela menor incidência de chuvas no período e pela consolidação de incentivos do governo, como o Construcard, dizem executivos do setor. 


No acumulado de 12 meses, há aumento de 2,7% nas vendas, o que permite que se mantenha a expectativa de crescimento do setor de 4,5% em 2014. O presidente da Abramat, Walter Cover, conta com a manutenção dos estímulos do governo ao consumo, ao crédito e à geração de empregos, além de um maior dinamismo na execução de obras imobiliárias e de infraestrutura. 

Para a presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac) de Londrina, Sonia Roque Martins, a região teve desempenho de vendas ainda melhor em janeiro e deve crescer até mais do que a média nacional. "Ainda não posso falar em um percentual, mas em janeiro de 2013 não havia esse valor tão alto de liberação do Construcard, por exemplo", diz, sobre o programa de financiamento da Caixa Econômica Federal para reformas. 

O delegado em Londrina do Conselho Regional de Economia (Corecon), Laercio Rodrigues de Oliveira, afirma que a construção civil, como um todo, deve se destacar de outros setores neste ano, principalmente por causa das obras de infraestrutura. "Não são só cidades que receberão a Copa do Mundo, mas as que ficam perto de rodovias, portos e aeroportos que passam por obras. Isso é importante porque a construção gera muitos empregos formais." 

Sobre janeiro de 2013, o número de vagas de trabalho no setor teve elevação de 8,2%. Em Londrina, a presidente da Acomac diz que há dificuldade em encontrar mão de obra. "E não é porque escolhemos demais, mas porque não tem mesmo." 

Entre os lojistas, a impressão também é de que o setor continua aquecido. A assistente do setor técnico da Diviplus Acabamentos, Rafaela Juliani, conta que as vendas de alguns produtos específicos, como drywall, chegaram a aumentar 15% em janeiro. "Como estão criando muitas coisas diferenciadas, há opções com preços mais acessíveis para pessoas de todas as rendas." 

Sócio-proprietário do Depósito LC, Maykon Maia também acredita que as vendas foram melhores neste ano, em parte pelo tempo seco. "Mês de janeiro costuma ser de férias, mas não choveu e isso faz as obras andarem. Foi melhor do que no ano passado." 

Na Leroy Merlin, o diretor da loja, Vicente Gouveia, diz que a expectativa para o ano é de vender 19% a mais do que em 2013, principalmente pela consolidação da marca na cidade. Ele conta que os resultados já foram 10% melhores em janeiro sobre o mesmo período de 2013 e chegam a 50% em fevereiro. Para ele, o otimismo no setor refletirá na economia nacional. "Como um todo, a construção tende a crescer pelas obras de infraestrutura, como já ocorreu quando anunciaram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Isso é bom, porque gera empregos, renda, consumo e aquece o mercado." 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 26 de fevereiro, 2014; fetraconspar.org.br