Revistas, prisões, uso de cassetete e uma bomba a cada sete segundos foi o cenário do ato contra o aumento da tarifa, realizado nesta terça-feira em São Paulo. Aproximadamente 28 pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade e 17 pessoas foram detidas. Na manifestação do dia 8 foram presas 13 pessoas. Não houve registro de policias feridos, segundo a Folha Online. Para o Movimento Passe Livre foi “um clima de terror”.

 

 

Policiais militares dispararam 49 bombas em 6 minutos: Uma bomba a cada 7 segundos
Policiais militares dispararam 49 bombas em 6 minutos: Uma bomba a cada 7 segundos

 

 

Um vídeo feito do auto de um prédio com um celular, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, serviu de base para o jornal O Estado de S.Paulo fazer a contagem da quantidade de bombas de efeito moral disparadas pela polícia. Em seis minutos de imagem do vídeo, publicado no facebook docoletivo Território Livre, foram lançados 49 explosivos.
 

Cidade Sitiada
 

O Movimento Passe Livre divulgou nota no facebook no final da tarde desta quarta sobre os atos de violência. Segundo o texto, o movimento considerou que a ação da polícia transformou São Paulo em uma cidade sitiada em guerra contra a população.
 

“As barreiras policiais são mais uma das inúmeras catracas que enfrentamos todos os dias. Neste ato, elas impediam que a população participasse da manifestação, revistando e prendendo pessoas que tentavam passar pelo bloqueio policial para chegar até o ato. Foi instalado um clima de terror impedindo nosso direito democrático de manifestação”, diz o texto da nota.
 

Guerra


A presidenta da UNE, Carina Vitral, se manifestou pelo facebook e definiu o ato de terça como um “massacre”. Segundo ela, inúmeras pessoas foram parar no hospital das clínicas e “tudo parecia cenário de guerra”.
 

“Não é possível aceitar a criminalização dos movimentos sociais que lutam pela justa revogação do aumento da tarifa. Não será a repressão capaz de conter a nossa luta! Junho de 2013 já provou isso, parece que Alckmin não entendeu nada”, ressaltou Carina, que pediu interferência do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
 

Repúdio
 

O Comitê Municipal do PCdoB de São Paulo divulgou nota nesta quarta repudiando a violência da PM no ato contra o aumento da Tarifa. A entidade defendeu o direito à livre manifestação e condenou a atitude autoritária do governo Alckmin em criminalizar o movimento social.


 

Fonte: Vermelho, 14 de janeiro de 2016fetraconspar.org.br