A promessa foi cumprida por motoristas e cobradores de Curitiba e região e os ônibus de dez empresas do transporte coletivo não saíram da garagem no início da manhã desta terça-feira (12). Com isso, mais de sete mil trabalhadores, que fazem 410 linhas, cruzam os braços portempo indeterminado.
A frota mínima, de 50% no horário de pico e 30% em horário normal, não foi cumprida. Como apenas três empresas da capital pagaram, um número pequeno de coletivos deve circular enquanto a greve durar. Em algumas linhas, como a Interbairros II, os ônibus circulam de forma parcial, porque tem a responsabilidade de empresas que pagaram (3) e não pagaram (9).
“Os trabalhadores estão revoltados com toda essa situação lamentável que vem acontecendo no transporte coletivo. Quem vai arcar com os juros das contas atrasadas dos trabalhadores? Acho que tudo isso chegou-se a um limite”, disse ao apresentador Paulo Sérgio Debski, durante o Jornal da Banda B 1° Edição, o presidente do Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores), Anderson Teixeira, enquanto participava de uma assembleia em frente à empresa Glória.
As empresas paradas afetam principalmente a cidade de Curitiba. São oito que não pagaram na capital e uma na região metropolitana, responsável por Araucária, Contenda e Campo Largo. “Isso não pode mais ficar desta forma. Teve trabalhador que ganhou R$ 10 ou R$ 100. Como sobreviver com isso? Hoje vamos pedir a aplicação da multa no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e cobrar que dessa vez venha uma medida de verdade para acabar com esse problema”, afirmou.
Segundo o diretor de transporte da URBS (Urbanização de Curitiba), Daniel Andreata, o órgão entrará na Justiça pelo cumprimento da frota mínima, conforme o combinado junto ao Tribunal Regional do Trabalho. “Havia a promessa, não cumprida, de frota mínima de 50% e 30%. Estamos entrando na Justiça e não vamos admitir que o usuário de Curitiba pague por isso”, contou no Jornal da Banda B desta manhã.
Ainda de acordo com Andreatta, tudo o que cabe a URBS está sendo cumprido com relação aos pagamentos. “As empresas não estão fazendo a sua parte. Vamos abrir um procedimento administrativo para tomar as medidas contratuais cabíveis”, salientou.
Em Curitiba, apenas as empresas Expresso Azul, Mercês e Santo Antônio pagaram e, portanto, nelas os ônibus circulam normalmente.
NÃO OPERAM NESTE MOMENTO:
São José Filial Centro: atende Leste e Sul de Curitiba e São José dos Pinhais
CCD: atende Leste de Curitiba
Cidade Sorriso: Centro e sul de Curitiba
Glória: Centro e Norte de Curitiba
Marechal Filial: Toda Curitiba e São José dos Pinhais metropolitano
Redentor: Toda Curitiba
Araucaria filial: Leste e Sul de Curitiba e Araucária metropolitano, Contenda metropolitano e Campo Largo metropolitano
Araucaria Matriz: Araucária, Contenda, a Campo Largo
Tamandaré Filial: Norte e Oeste de Curitiba,
Fonte: Banda B, 12 de janeiro de 2016; fetraconspar.org.br