O motoboy Kleber dos Santos disse que já percebeu essas armadilhas para o consumidor e chegou a cair em algumas delas. "No supermercado tinha uma embalagem de limão que indicava um quilo. Pesei na balança e tinha 900 gramas", contou. Ele disse que já caiu em promoção de eletrodoméstico. Comprou um micro-ondas em uma uma loja no centro de Curitiba. Depois viu que, na mesma rede de lojas, em outro endereço, também na capital, o produto estava mais barato. 

O promotor Lélio Calhau acredita que as formas de se defender destas armadilhas são ter sempre uma postura defensiva na hora da compra e lembra que o vendedor tem metas de vendas a cumprir. As dicas dele são o consumidor fazer pesquisa de preços antes da compra e verificar as reclamações que existem contra a empresa em órgãos de defesa do consumidor. 

Ele é favorável a uma atualização do Código de Defesa do Consumidor. Há um projeto no Senado que trata de dois pontos principais que são o comércio eletrônico e o endividamento do consumidor. "Hoje as quadrilhas se aproveitam que não existe punição à altura para o comércio eletrônico", disse. Ele defende a necessidade de dar mais direitos ao consumidor no comércio eletrônico e proteger o endividado com mais prazo para pagar as dívidas na renegociação e condições melhores para proteger o consumidor. (A.B.)

 

Fonte: Folha de Londrina, 16 de novembro de 2015; fetraconspar.org.br