O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão se contraiu no terceiro trimestre do ano 0,8% anual, perante o retrocesso do investimento público e da demanda privada, informou nesta segunda-feira (16) o governo, por isso que a economia voltou a cair em recessão técnica.
O PIB caiu 0,2% no período julho-setembro em relação ao trimestre anterior, segundo os dados publicados pelo Escritório do Gabinete do país. O dado do PIB representa a segunda contração trimestral consecutiva para o Japão.
Os dados para o período julho-setembro seguem à queda anualizada de 0,7% registrada no trimestre anterior, segundo os dados revisados pelo Executivo.
A contração da economia japonesa se deve principalmente à queda da demanda privada, que retrocedeu 1,8% anualizado e 0,5% intertrimestral, arrastada pela queda do investimento de capital corporativo.
Este indicador, uma das peças que o atual governo do primeiro-ministro Shinzo Abe se propôs ativar para estimular a recuperação, caiu 5% em termos anualizados e 1,3% em comparação com o trimestre anterior.
No entanto, o consumo doméstico, um pilar que compõe praticamente 60% do PIB japonês, subiu 2,1% em comparação com o terceiro trimestre do ano anterior.
Em relação ao trimestre precedente, o consumo cresceu 0,5%.
Por sua vez, as exportações, outro componente de peso, experimentaram alta anualizada de 10,9%, e de 2,6% em relação a abril-junho.
O investimento público, respaldado pelo programa de reforma econômica do Executivo, o chamado "Abenomics", também mostrou sintomas de fraqueza e caiu 1,3% anualizado e 0,3% intertrimestral.
Os dados divulgados nesta segunda-feira confirmam as previsões dos economistas, que apontavam que o Japão enfrentava sua segunda recessão técnica desde a que experimentou entre abril e setembro de 2014.
No entanto, a contração da economia japonesa é menor do que o previsto por alguns analistas, por isso que só causou uma queda moderada na Bolsa de Tóquio.
Os números voltam a aumentar a pressão sobre o Banco do Japão (BOJ) para potencializar seu atual programa de estímulo com possíveis medidas adicionais para fortalecer o desempenho da economia.
FONTE: g1, 16 de novembro de 2015; fetraconspar.org.br