Atividade industrial gerou 5.328 novas vagas de janeiro a julho, segundo Caged
O Caged ainda contabiliza outros cinco setores, que não são subdivididos. Quatro apresentaram saldos positivos: agropecuária, extração vegetal, caça e pesca (4.899); extrativo mineral (24); serviços industriais de utilidade pública (46); e administração pública (561). O quinto, a construção civil, ficou negativo em 1.987 vagas.
Embora a maior parte da indústria de alimentação se encontre na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e no Norte Central, foram as mesorregiões Oeste e Noroeste, impulsionadas pela avicultura e suinocultura, as responsáveis pela geração de 81% dos empregos do subsetor. A primeira com 2.567 novas vagas e a segunda, com 1.784.
Duas microrregiões se destacam: Paranavaí (Noroeste) e Toledo (Oeste). Elas criaram respectivamente 1.180 e 1.108 vagas na indústria de produtos alimentícios.
Graças às microrregiões de Astorga (989) e Maringá (318), o Norte Central teve saldo positivo (914). O resultado teria sido bem melhor se a micro de Londrina não tivesse fechado 478 postos. A microrregião que mais fechou vagas no subsetor foi a da capital (-1.352).
Economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco José Gouveia de Castro, diz que a indústria alimentícia representa a maior parcela do Valor da Transformação Industrial (VTI) da indústria da transformação no Paraná: 22%. Em segundo lugar, vem o setor automotivo, com 16,7%, e o de derivados de petróleo e combustíveis, 15,9%.
De acordo com ele, trata-se de uma atividade "muito transversal" e , por isso, sua participação na economia estadual deve ser maior. "O índice não mede quanto da atividade bancária está relacionada ao agronegócio e à agroindústria. Da mesma forma, não mede quanto do transporte e da indústria farmacêutica está relacionada com a atividade", declara.
Fonte: Folha de Londrina, 14 de setembro de 2015; fetraconspar.org.br