Pesquisa Firjan mostra que tempo de deslocamento da população subiu 2 minutos no período de um ano
O tempo do deslocamento casa-trabalho-casa vem crescendo ano após ano nas principais áreas metropolitanas do Brasil. Na Grande Curitiba, comparando os anos de 2011 e 2012, a alta foi de 2 minutos no trajeto. O curitibano, por exemplo, segundo o estudo, gastava em 2012 cerca de 115 minutos no deslocamento.
O estudo foi feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em 37 áreas metropolitanas do País, calculou também as perdas que o tempo gasto nos trajetos causa. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) as perdas chegaram a R$ 3,3 bilhões no ano pesquisado, equivalente a 3,3% do PIB metropolitano.
Na área metropolitana de Curitiba, 588,7 mil trabalhadores levaram, em média, 122 minutos nos deslocamentos casa-trabalho-casa, considerando apenas os deslocamentos acima de 30 minutos.
No Paraná foram analisadas três áreas metropolitanas (Curitiba, Londrina e Maringá). Dentre as três áreas, o município com maior tempo de deslocamento médio, considerando apenas os deslocamentos acima de 30 minutos, foi Fazenda Rio Grande, na RMC, com 155 minutos. Floresta, na área metropolitana de Maringá, registrou o menor tempo, com 96 minutos.
Em Curitiba, especificamente, o tempo pulou de 114 minutos em 2011 para 115 minutos no ano seguinte, e o prejuízo estimado chegou a R$ 1,7 bilhão. Também subiu o número de trabalhadores que gastam mais de 30 minutos no seu deslocamento — de 301.397 para 307.184.
País — No País todo, mais de 17 milhões de trabalhadores demoram, em média, 114 minutos nessas viagens. O tempo perdido nos deslocamentos tem um impacto para a economia, a chamada produção sacrificada, superior a R$ 111 bilhões.
A pesquisa analisou os dados de 601 municípios em 37 áreas metropolitanas do país. O Rio de Janeiro foi a que apresentou o maior tempo de deslocamento (141 minutos). São Paulo está em segundo lugar (132 minutos).
Fonte: Bem Paraná, 10 de setembro de 2015; fetraconspar.org.br