As principais centrais sindicais preveem que a progressividade para atingir a relação 90/100 não será benéfica ao trabalhador. "A regra 85/95 foi a proposta que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) construiu junto com o governo como alternativa ao fator previdenciário", disse o diretor executivo da CUT nacional, Roni Anderson Barbosa.
Segundo ele, a CUT é favorável à regra 85/95, mas contra a progressividade que determina a relação 90/100 até 2022. Barbosa disse que, com isso, o trabalhador terá que trabalhar um número maior de anos para receber a aposentadoria integral. "Queremos derrubar essa progressividade e estamos estudando a forma de fazer isso", disse.
O vice-presidente da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza, disse que a entidade aprovava a regra 85/95, porque seria uma proposta intermediária que prejudicaria menos o trabalhador. "Agora a presidente Dilma Rousseff apresentou uma medida provisória que não foi discutida com as centrais e achamos isso muito ruim. Somos contra qualquer tipo de medida implantada sem que haja debate com as centrais sindicais", destacou.
Segundo ele, a Força Sindical ainda está avaliando esta nova regra da progressividade até atingir 90/100 e deve se posicionar mais detalhadamente sobre o assunto nos próximos dias. (A.B.)
Fonte: Folha de Londrina, 19 de junho de 2015: fetraconspar.org.br