O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), acredita que as diretrizes da política municipal de tarifa, encaminhada na segunda-feira (16) para o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Metrolon), possa conduzir a um diálogo com os trabalhadores que estão em plena campanha salarial e ameaçam uma possível greve para o setor. Ele disse que ainda não é possível apontar índices para o reajuste da tarifa do transporte coletivo a partir de janeiro, mas que as empresas já possuem subsídios suficientes para entrar em acordo com o sindicato dos trabalhadores.
Na última sexta-feira (13), os trabalhadores, em assembleia organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sinttrol), definiram pela paralisação das atividades a partir de quinta-feira (19), prazo dado à administração municipal para que pudesse apresentar uma proposta para as empresas de ônibus até esta quarta-feira (18). No entanto, nesta quinta-feira uma nova assembleia será realizada pela categoria, caso não haja acordo com os patrões, para definir se paralisam as atividades neste dia 18 ou se aguardam até janeiro.
A categoria pede zeramento da inflação acumulada, 4% de aumento real, implantação do ticket alimentação e pagamento aos empregados, a título de abono, de contribuições sindicais que não foram recolhidas pelas empresas.
"Já definimos as diretrizes e já solicitei ao presidente da CMTU [Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização] que entrasse em contato com as empresas concessionárias para que tenham referência para negociar com o sindicato dos trabalhadores que já apresentou suas reivindicações. Espero que estas informações sejam suficientes para que haja um entendimento entre as partes", enfatizou o prefeito Kireeff.
Ele destacou que haverá impacto na tarifa, mas que o índice de reajuste só poderá ser calculado após entendimento entre o Metrolon e o Sinttrol. "Há o impacto das reivindicações dos trabalhadores, aumento de 8% no óleo diesel, fim do subsídio no dia 31 de dezembro e a gratuidade aos alunos de 1ª à 5ª série. Essas serão as principais variáveis que serão levadas em conta no cálculo tarifário", afirmou.
FONTE: Mundo Sindical, 19 de dezembro de 2013; fetraconspar.org.br