Preços subiram 7,06% no mês passado; no acumulado do ano, houve alta de 5,07%

 

Novembro foi o mês em que a cesta básica em Londrina teve o maior aumento (7,06%). Os produtos com maior variação de preços foram o tomate (26,63%), a batata (19,79%) e a carne (8,58%). Com isso, no acumulado do ano, a alta é de 5,07%, uma vez que houve deflação na cesta nos meses de abril, junho, julho e setembro. A pesquisa é coordenada pelo economista e professor Flávio Oliveira dos Santos, da Faculdade Pitágoras de Londrina. 

 

Café (-3,54%), feijão (-1,42%), pão francês (-1,26%), farinha de trigo (-0,79%) e açúcar (-0,65%) foram produtos que apresentaram redução de preço no mês passado. A pesquisa foi feita em dez supermercados (Carrefour, Muffato, Mercadorama, Condor, Musamar, Viscard, Mercado 88, Santarém, Almeida e Walmart). Em apenas dois deles houve queda no valor da cesta básica na comparação com outubro. 


A cesta básica em novembro, em Londrina, custou R$ 276,64 para uma pessoa e R$ 829,93 para a família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças). Segundo o coordenador, caso o consumidor viesse a realizar a pesquisa nos dez estabelecimentos, adquirindo o produto mais barato em cada um deles, a cesta para uma pessoa sairia por R$ 234,59 e, para a família de quatro pessoas, por R$ 703,76. Ou seja, seria possível fazer uma economia de R$ 218,88 para uma família (31,10%). 

A variação da carne foi de 48,8% entre os supermercados. O preço mais barato foi de R$ 15,39 o quilo. E o mais alto, de R$ 22,90 o quilo. Já a batata variou entre R$ 1,79 a R$ 2,99 o quilo, ou seja, 67,04%. 

Estimativa
Segundo Santos, o aumento da cesta em Londrina - acumulado em 5,07% - pode bater a casa dos 10% ao final do ano, já que dezembro, devido às festas, é mês de alta. No ano passado, a cesta subiu 4,47% no último mês do ano. "Vai depender muito do consumo dos londrinenses para o Natal", afirma. De qualquer forma, o aumento será menor que em 2012, quando a inflação dos produtos da cesta atingiu 15,82% ao final de dezembro. 

Para o professor, além de fazer pesquisa, o consumidor deveria substituir a carne bovina por outras e ajudar a segurar os preços que tendem a subir mais nos próximos dias. 

A aposentada e dona de casa Sueko Komori tem a impressão de que tudo está muito caro. "Principalmente as frutas e verduras estão subindo muito. Carne eu nem sinto porque como pouco", afirma. Para ela, o importante é o consumidor ficar atento às oportunidades que de vez em quando aparecem nos supermercados. "Tem de ficar de olho nas promoções", avalia. 

A vendedora autônoma Vera Rangel diz que há muita diferença de preços entre os supermercados da cidade. "É bom pesquisar", recomenda. De forma geral, ela reclama dos preços das verduras, que estão "muito salgados". "O problema é que não tem muito jeito: a gente tem de comer", salienta. 

Já a protética Shirley Montanher nem se espanta muito com os preços. Ela, que voltou há pouco para Londrina, depois de muitos anos vivendo no Espírito Santo, diz que lá o custo de vida é bem maior. "Um ou outro preço bate, mas a maioria é bem mais alto do que aqui", destaca. 

 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 04 de dezembro de 2013; fetraconspar.org.br