A eleição mais acirrada das últimas duas décadas no Brasil está transformando as ações da Petrobras nas de maior volatilidade do mundo, segundo dados da Bloomberg.
Em sete pregões nos últimos 13 dias, papéis da estatal oscilaram entre altas e baixas superiores a 5%. E a volatilidade média em 90 dias subiu para 68,7, conforme índice compilado pela Bloomberg que afirma em comunicado: é a volatilidade mais elevada entre as 100 maiores empresas do mundo em valor de mercado. A volatilidade média desse grupo de companhias globais é de 19,3.
"As eleições são o principal motor para o mercado agora", disse Oliver Leyland, gerente financeiro na Mirae Asset Global Investments, que administra US$ 16 bilhões em mercados emergentes.
No dia 2 de setembro, as ações da Petrobras atingiram sua maior alta em dois anos, após pesquisas eleitorais mostrarem queda das intenções de voto na candidata à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Nesta semana, papéis da empresa caíram 13% após pesquisas apontarem recuperação de Dilma.
Na pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, Dilma e Aécio aparecem em empate técnico com o adversário Aécio Neves, no limite da margem de erro, faltando quatro dias para o segundo turno da eleição.
FONTE: O Globo, 23 de outubro de 2014; fetraconspar.org.br