Percepção com desempenho recuou 18,8% em 12 meses. 
Saldo líquido de contratações até agosto caiu quase 50% em relação a 2013.

 

As perspectivas dos empresários da indústria da construção com relação ao desempenho das empresas atingiu o pior patamar em agosto desde novembro de 2005, de acordo com a 60ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

A percepção dos empresários com relação ao desempenho atual das construtoras recuou 10,4% em agosto ante julho e 18,8% no acumulado de 12 meses. O componente que apresentou o pior resultado foi o emprego, refletindo um cenário de atividade mais fraca. O saldo líquido de contratações das empresas até agosto está quase 50% abaixo do verificado no mesmo período do ano passado.

 

A perspectiva de desempenho para os próximos meses acentuou a trajetória de declínio, com retração de 16% em relação à pesquisa anterior e de 26,6% em 12 meses. Pela primeira vez, desde 2009, o indicador de perspectivas de desempenho da empresa ficou abaixo do indicador de desempenho atual.

 

Sobre a condução da política econômica, as perspectivas apontaram quedas de 22,7% ante a sondagem anterior e 48,5% na comparação com 2013. A perspectiva em relação ao crescimento econômico caiu 23,5% em relação ao trimestre anterior e recuou 37,1% em 12 meses, enquanto a perspectiva de inflação reduzida apresentou retração de 18% e 26,1%, respectivamente.

 

O indicador de dificuldades financeiras permaneceu alto, em 55,1, e crescendo na comparação com o ano passado, indicando um crédito mais caro e mais difícil para as empresas da construção.

 

 

 

Fonte: G1, 08 de outubro de 2014; fetraconspar.org.br