Indicador de horas trabalhadas na produção caiu 3% em junho ante maio.
Nível de uso da capacidade da indústria é o mais baixo desde abril de 2009.
A atividade industrial caiu pelo 4º mês consecutivo em junho, segundo pesquisa divulgada nestaterça-feira (5) pela Confederação Nacional da Indústria. Da mesma forma, os indicadores de emprego e massa salarial real também recuaram pelo quarto mês seguido.
Indicadores de junho (variação frente
a maio) (Foto: Reprodução/CNI)
"A situação da indústria segue preocupante em 2014", afirma a CNI. Dentre as explicações para o agravamento do setor, segundo a pesquisa, estão as interrupções de jornada e a queda nas vendas, ambas devido à Copa do Mundo
O indicador dessazonalizado de horas trabalhadas na produção caiu 3% em junho frente a maio, e já acumula retração de 2,2% no ano. Na comparação com junho de 2013, a queda foi de 5,2%.
Já utilização da capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 80,1% em junho frente a 80,6% no mês anterior. Trata-se do nível mais baixo desde abril de 2009 – na série livre de efeitos sazonais.
Faturamento cai 5,7% em junho
O faturamento real se retraiu 5,7% em junho frente a maio.
Segundo a CNI, o reflexo da baixa atividade também já se evidencia no mercado de trabalho, cujo indicador recuou 0,5% em junho. Já a massa salarial real do setor caiu 0,8% frente a maio.
Desempenho no semestre
No primeiro semestre do ano, o faturamento real da indústria caiu 1% e as horas trabalhadas na produção tiveram queda de 2,2%, frente a igual período do ano passado.
Na mesma base de comparação, o emprego acumula alta de 0,9% e a massa real de salários, de 3,8%.
Fonte: G1, 06 de agosto de 2014; fetraconspar.org.br