A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestaram ontem (2) repúdio à violenta ação empregada pela polícia do estado do Rio de Janeiro para reprimir os protestos dos professores da rede pública, ontem e segunda-feira no Rio de Janeiro, em frente à Câmara de Vereadores. A categoria está em campanha por valorização dos magistério.

 

Em nota assinada pelos presidentes nacional e estadual, Vagner Freitas e Darby de Lemos Igayara, e pelo secretário-geral da central, Sérgio Nobre, a CUT, afirma apoiar a greve dos profissionais da educação e presta solidariedade à categoria que tem cerceado seu direito à defesa de melhores condições de trabalho.

 

“A violência exacerbada e abusiva à qual os educadores do Rio de Janeiro têm sido vítimas soma-se à falta do diálogo efetivo e necessário. Esses tristes episódios de agressão nos levam a reafirmar que o modelo de segurança pública adotado por vários estados de nosso país continua obsoleto – não acompanhou as transformações ocorridas no Brasil e do mundo nos últimos 50 anos”, diz a nota. “Os profissionais da rede municipal de ensino reivindicam reajuste de 19%, plano de carreira unificado, entre outros pontos. Os da rede estadual, dentre as principais reivindicações estão reposição de 20% e plano de carreira unificado, com paridade para aposentados”, acrescenta.

 

No comunicado da OAB, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da ordem, Wadih Damous, reitera a crítica, ao afirmar que a violência policial no Rio de Janeiro ultrapassou "todos os limites". "O uso da força está sendo praticado de forma desmedida e desproporcional e os nossos professores, que já são tão sofridos, não merecem apanhar em praça pública só porque reivindicam melhores condições de trabalho", diz Damous.

 

A moção de repúdio da OAB denuncia que até advogados, no exercício profissional, têm sofrido com a violência profissional. “O diálogo ainda é a melhor solução. Os policiais não são jagunços. O papel da polícia é proteger a sociedade”, afirma a entidade.

 

 

FONTE: Rede Brasil Atual, 03 de outubro de 2013; fetraconspar.org.br