O Secretário Geral da Nova Central Sindical dos Trabalhadores - NCST, e Presidente da CONTRATUH - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, Moacyr Roberto Tesch Auersvald, participou no 9º Fórum Internacional de Globalização Econômica e os Sindicatos, realizado nos dia 3 e 4 de setembro, em Beijing, China, promovido pela ACFTU - All-China Federation of Trade Unions.

O evento teve como tema central do encontro as "Oportunidades iguais e o desenvolvimento comum", que foi debatido por mais de 140 sindicalistas de mais de 50 países, entre eles Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, participantes do BRICS.

Nestes dois dias de Fórum, outros temas foram abordados, como o compartilhamento de oportunidades e promoções conjuntas de desenvolvimento; a terceirização de trabalho e o direito dos trabalhadores; e a linha básica da seguridade social e recuperação econômica.

O encontro é realizado anualmente desde 2004 e tem como objetivo principal promover o intercâmbio e a cooperação sindical a âmbito internacional, a fim de incentivar a cooperação pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, no intuito de fortalecer a valorização do trabalho, e das entidades sindicais.

A ACFTU, entidade com abrangência nacional, que representa 31 federações provinciais, 10 sindicatos industriais nacionais e 1.324 milhões de sindicatos de base, além de 169,94 milhões de trabalhadores, apresentou documento que abordava a crise econômica atual, destacando a recuperação global e as oportunidades geradas por estes processos, que permitem o desenvolvimento comum e a cooperação mútua entre os países.

Especialistas debateram os efeitos da terceirização, tema também em foco no Brasil por conta do PL 4330 de 2004 que trata do assunto e está em discussão no Congresso Nacional, e que segundo o Secretário Geral da NCST, Moacyr Roberto, "é também uma preocupação não só do Brasil, mas a nível mundial, a respeito dos direitos dos trabalhadores e questões sociais, nas quais os trabalhadores deixam de ter o mesmo tratamento dos trabalhadores diretos contratados pelas empresas", afirmou.

Foi discutido ainda, uma maior interação entre os países participantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), juntamente com seus representantes sindicais, na qual foi sugerido que o Brasil lidere esse processo e promova um encontro internacional entre os países membros antes do encontro de 2014 em Fortaleza-CE.

O Secretário Geral da NCST declarou sua solidariedade e apoio aos trabalhadores e trabalhadoras que lutam e defendem seus direitos à saúde e segurança, contra a pobreza, as desigualdades, o desemprego, a degradação ambiental e por um mundo com paz, justiça e igualdade.

Moacyr Roberto apresentou ainda, sua preocupação com o aumento da desigualdade e do subdesenvolvimento em diversas partes do mundo, em especial pelas ações desumanas enfrentadas. Ele enfatizou também, o significado concreto do BRICS para os trabalhadores na atual situação econômica global e a real necessidade da participação dos trabalhadores em todas as instituições do Grupo.

Em relação ao Banco de Desenvolvimento dos BRICS, o Secretário Geral da Nova Central, acredita que deve se diferenciar do Banco Mundial e do Fundo monetário Internacional (FMI), pois, em sua visão, este deve ser, sobretudo, controlado pelos BRICS, e financiado exclusivamente com recursos públicos, com decisões consensuais, que visem um comércio com suas próprias moedas, voltado para a infraestrutura e desenvolvimento específico, com consultas a investidores, sociedade e trabalhadores. Moacyr Roberto, defende ainda que, as Centrais Sindicais dos países membros, devem ser representadas nos mais altos escalões do Banco, a fim de fortalecer a classe trabalhadora e defender seus direitos por um desenvolvimento inclusivo.

Participaram do Fórum também, além da Nova Central Sindical dos Trabalhadores - NCST , os dirigentes das entidades sindicais Central Única dos Trabalhadores - CUT, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil - CGTB, e União Geral dos Trabalhadores - UGT.

Fonte: ncst.org.br