A CNI afirma, em sua sondagem industrial de maio, que o prolongado quadro de desaquecimento da atividade está causando reflexos no número de empregados da indústria. O índice de evolução dos empregos recuou de 47,8 pontos em abril para 46,8 pontos em maio, se afastando ainda mais da linha divisória de 50 pontos. Isso reflete uma queda mais disseminada do número de empregados em maio e, segundo a confederação, a projeção é de manutenção da queda, já que o índice de expectativa de evolução dos empregos também permaneceu abaixo dos 50, em 48,5 pontos. 


O presidente do Sindimetal, Valter Orsi, diz que a demissão para a indústria é uma grande perda, já que se tratam de trabalhadores qualificados. "A capacitação é constante. Se eu demitir um funcionário hoje e for recontratar essa mesma pessoa daqui dois anos, vou ter que qualificá-la novamente", destaca. 


Mas o diretor secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico de Londrina e Região (Stimmmel), Valdir de Souza, diz não ter observado retração no mercado local, nem casos de demissão em virtude da desaceleração da atividade. Segundo ele, as demissões acontecem devido a investimentos em tecnologia. "Notamos, inclusive, que sobram vagas para profissionais qualificados, que ganham bons salários", afirma. (C.F.)

 

 

Fonte:  Folha de Londrina, 18 de junho de 2014; fetraconspar.org.br